Raul Seixas - Paulo Coelho
E F#m B7 E
Às vezes você me pergunta por que é que eu sou tão calado
G#7
C#m
F#7
B7
Não falo de amor quase nada, nem vivo sorrindo ao seu lado
(C B)
Você pensa em mim toda hora, me come, me cospe e me deixa
Talvez você não entenda, mas hoje eu vou lhe mostrar
(A E)
Eu sou a luz das estrelas, eu sou a cor do luar
D E
Eu sou as coisas da vida, eu sou o medo de amar
(A E)
Eu sou o medo do fraco, a força da imaginação
D A E
O blefe do jogador, eu sou, eu fui, eu vou
Eu sou o seu sacrifício, a placa de contramão
O sangue no olhar do vampiro, e as juras de maldição
Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga
Eu a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta, perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra, do fogo, da água e do ar
Você me tem todo dia, mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você, mas você não está em mim
Das telhas eu sou o telhado, a pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome, dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa dos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco, sou raso, largo, profundo
Eu sou a mosca na sopa, o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego e a cegueira da visão
É, mas eu sou o amargo da língua, a mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio, o início, o fim e o meio
Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás
Raul Seixas - Paulo Coelho
E A D A D E
Eu nasci há dez mil anos atrás
A D E
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
D
Eu vi Cristo ser crucificado
A F#m
O amor nascer e ser assassinado
E
Eu vi as bruxas pegando fogo
A A7
Prá pagarem seus pecados, eu vi
D
Eu vi Moisés cruzar o Mar Vermelho
A F#m
Vi Maomé cair na terra de joelhos
B7 E
Eu vi Pedro negar Cristo por três vezes
A E
Diante do espelho, eu vi
REFRÃO
Eu vi as velas se acenderem para o Papa
Vi Babilônia ser riscada no mapa
Vi Conde Drácula sugando sangue novo
E se escondendo atrás da capa, eu vi
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Vi Zumbi fugir com os negros prá floresta
Pro Quilombo dos Palmares, eu vi
E A D A D E
Eu nasci há dez mil anos atrás
A D E
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
D
Eu vi o sangue que corria da montanha
A F#m
Quando Hitler chamou toda Alemanha
E
Vi o soldado que sonhava com a amada
A A7
Numa cama de campanha
D
Eu li os símbolos sagrados de umbanda
A F#m
Fui criança prá poder dançar ciranda
B7 E
Quando todos praguejavam contra o frio
A E
Eu fiz a cama na varanda
REFRÃO
Eu tava junto com os macacos na caverna
Eu bebi vinho com as mulheres na taberna
E quando a pedra despencou da ribanceira
Eu também quebrei a perna, eu também
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E pr'aquele que provar que eu estou mentindo
Eu tiro o meu chapéu
R. Seixas - C. Roberto - A. de Azevedo
D A/C# Bm G
Enquanto você se esforça prá ser um sujeito normal
A D A7
E fazer tudo igual
D A/C# Bm G
Eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total
A D Bm
Na loucura real
(Em A7)
Controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez
D F#7 G A7
Eu vou ficar, ficar com certeza maluco beleza
E esse caminho que eu mesmo escolhi é tão fácil seguir
Por não ter onde ir
Raul Seixas
Intr.: A9
A9
Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem
Ói, ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho aeon
D E7 A
Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem
E A
Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?
E A E A
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
E A E A D E
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão
A9
Ói, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar
A9 D E7 A
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons
D E7 F#m
Ói, ói o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral
E A
A...mém
Raul Seixas
Intr.: ( G D A )
G D A
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
G D A (G A G A G C A G A)
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo (2x)
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
G D A
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 1
G
Bb
A F
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
C D
Sobre o que é o amor, sobre que eu nem sei quem sou
C
Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou
D C
Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor
D C D C
Lhe tenho amor, lhe tenho horror, lhe faço amor, eu sou um ator
É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver nessa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo (3x)
Raul Seixas - Paulo Coelho - M. Motta
Intr.: ( G )
A C G
Veja, não diga que a canção está perdida
D A
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
C Bm Am G Bm E
Ten...te outra vez
Beba, pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
C Bm A G
Nada a...ca...bou, não, não, não
C Bm
Oh, tente, levanta tua mão sedenta e recomece a andar
C G
Não pense que a cabeça agüenta se você parar
D
Não, não, não, não, não, não
C D
Há uma voz que canta, há uma voz que dança
F G D E
Há uma voz que gira bailando no ar
A
Queira, basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez
Tente, e não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez